1 – Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias e Agro-Alimentares da Universidade do Porto (ICETA)/REQUIMTE/LAQV
2 – Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Universidade do Porto
3 – Centro de Ciências da Terra (CCT) da Universidade do Minho
4 – Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2 PT)
5 – Departamento de História da Universidade do Minho
6 – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura Espaço e Memória (CITCEM), Universidade do Porto
7 – Universidade do Minho
8 – GEPN-AAT. Grupo de Estudos para a Prehistoria do Noroeste Ibérico-Arqueoloxía, Antigüidade e Territorio (GI-1534), Universidade de Santiago de Compostela
9 – Incipit, Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Santiago de Compostela
10 – Centro de Investigaciones Arqueológicas del Istmo, Fundación El Caño, El Dorado
11 – Dirección Nacional de Patrimonio Histórico, Panamá
A arqueometria pode definir-se como a aplicação de técnicas e procedimentos analíticos científicos ao estudo de materiais históricos. Trata-se de uma área multidisciplinar que usa disciplinas científicas para caracterizar a composição química ou mineralógica de materiais, estudar o conteúdo primário e a funcionalidade de contentores, ou estimar a idade de artefactos.
A relevância dos resultados arqueométricos encontra-se fortemente dependente do acesso a procedimentos e técnicas analíticas avançadas. Todavia, é frequente descurarem-se fatores relacionados com o percurso do objeto de estudo, desde a escavação, análise, manipulação, catalogação, etc., que podem comprometer a “qualidade” dos materiais a estudar. Tal coloca desafios analíticos acrescidos e/ou inultrapassáveis ou conduzir a resultados de interpretação duvidosa.
Uma das preocupações do arqueólogo deverá ser a adoção de boas práticas arqueológicas, planeando de antemão a possibilidade de execução de estudos arqueométricos, de forma a não comprometer os materiais para análises futuras, limitando a degradação ou a perda dos marcadores químicos, mineralógicos, biológicos, paleontológicos, e prevenindo a contaminação dos artefactos com materiais orgânicos recentes. A falta de representatividade dos artefactos é uma outra questão importante, já que o sub-dimensionamento das amostras a analisar pode conduzir a conclusões estatisticamente duvidosas. Tratando-se de materiais já musealizados ou provenientes das reservas, é frequente o desconhecimento acerca dos procedimentos a que os artefactos foram sujeitos, sendo as operações de consolidação e/ou conservação uma fonte importante de contaminantes químicos.
Nesta comunicação apresentar-se-ão boas práticas arqueológicas conducentes à recolha de amostras para estudos arqueométricos. O recurso a diferentes casos de estudo (pigmentos rupestres na mamoa da Cruzinha, Esposende, materiais resinosos procedentes de um contexto funerário da área istmo-colombiana de El Caño, ou do fundo carbonizado de vasos cerâmicos como o exemplo do sítio com fossas do Rossio, Vale de Cambra) permitirá, ainda, desmistificar alguns equívocos sobre materiais frequentemente destinados a análises arqueométricas.
Palavras-chave: Boas práticas arqueológicas • Análise de resíduos • Pigmentos
1 – IRAMAT-CEB (UMR 5060, CNRS-Université d’Orleans)
Las excavaciones realizadas en la villa Romana del El Albir (Alfaz del Pí, Alicante) han proporcionado un amplio repertorio de vidrios. En el año 1984 durante la excavación de las termas se recuperó un interesante repertorio de desechos procedentes de un taller vidriero que rellenaban el interior de una bañera amortizada en el siglo V. El conjunto recuperado incluía gotas, tacos de puntel, chunks, tortas de vidrio, recortes, hilos, además de recipientes semifundidos de vidrio. La gran mayoría presentaban un color verdoso-amarillento y raramente azulado o incoloro.
Con la finalidad de conocer las características químicas de la totalidad de los desechos de producción y de los recipientes se tomaron ochenta y ocho muestras de tres milímetros de lado. Las muestras fueron analizadas en el Centro Ernest-Babelon del IRAMAT (UMR 5060, CNRS-Université d’Orleans) mediante ablación laser con espectrómetro de masas con plasma acoplado por inducción (LA-ICP-MS).
Los resultados analíticos indican que se trataba de vidrios sódico-cálcicos de natrón. En su mayoría se encuadran dentro de los vidrios con altos contenidos en hierro, manganeso y titanio (HITM) de origen egipcio siendo marginales los de origen levantino. Algunos vidrios presentan indicios de haber sido sometidos a prácticas de reciclaje pero en general parecen haber sido elaborados con materia prima “fresca” importada directamente de talleres primarios del oriente Mediterráneo.
Este trabajo ha sido financiado por el European Research Council (ERC) dentro del programa de investigación e innovación Horizon 2020 (Grant agreement Nº 647315 a Nadine Schibille). El organismo financiador no ha tenido influencia en el diseño del estudio, en la recolección de datos ni en su análisis.
Palavras-chave: HIMT • Vidrio • Antiguedad tardía